Thursday, November 3, 2011

1.11.11

Bem-vindos à minha grande aventura! Com uma pontualidade alemã, a minha viagem começou à 00:01 do dia 1.11.11. Não o fiz de propósito, mas o comboio que me levou ao aeroporto chegou nesse momento. Agradável coincidência.

Depois de uma viagem de quatro horas, o meu corpo pedia pela dose de nicotina. E como qualquer boa estação alemã, a zona amarela marcava o meu porto de abrigo. Mal tinha aceso o meu cigarro e vozes mediterrânicas preenchiam o vazio da estação. Uma senhora de lenço na cabeça disparava umas palavras incompreensíveis, e uma outra tentava acompanhar o seu ritmo infernal.

A primeira aponta para o relógio acima de mim e diz-me algo em alemão. “No deutch” respondo-lhe, ao que ela retorna com um “No english”. Mas a barreira linguística não a demoveu e em breve estavamos a ter uma breve e estranha conversa. Descubro que uma é turca com muitas malas e a outra é Napolitana, que a estava a ajudar (talvez até um pouco forçada). Ambas aguardavam o próximo comboio e queriam saber se tinham tempo para fumar. Uma companhia que durou o tempo de um cigarro e cada um de nós seguiu o seu destino.

Chego finalmente ao aeroporto e encontro-o despido. Apenas uns quantos vagueavam pelos corredores enquanto muitas pessoas preparavam mais um dia de um dos mais internacionais aeroportos da Europa - Frankfurt. Sem cafés abertos e com 25 quilos para carregar, decido sentar-me num banco corrido. A minha cama improvisada. No início estava um pouco tímido, mas após uns momentos, o cansaço já falava mais alto e eu dormitava o melhor que podia.

Acordei ao som de movimento e rodeado de pessoas que aguardavam o primeiro voo, e que eu transformasse a minha cama em lugares para se sentarem. E com essa dica fui tratar das minhas “burocracias” e ficar 20 quilos mais leve. Agora, sem mais que fazer, andei um pouco pelos cafés e lojas até que cheguei à porta de embarque que estava no meu bilhete. Com uma hora para queimar e umas cadeiras convidativas, dormitei um pouco mais. Acordei e decidi ir verificar se o bilhete estava correto. Coisas que se fazem quando ansiamos algo. Olho uma vez para o ecrã e esfrego rapidamente os olhos. Volto a verificar e não quero acreditar: faltam dez minutos e a porta de embarque é diferente da do meu bilhete. O tempo passou bem rápido nesse momento. Coisas que o stress faz. Quando dei conta já estava dentro do avião.

A viagem de três horas foram passadas com muito nervosismo. A aventura estava quase a arrancar e todos os receios vieram ao de cima. Como vou tratar dos vistos? Como vou encontrar o hostel? Serei capaz de tudo? Por momentos tive um ataque de pânico. Mas tão rápido como apareceu, desapareceu. A imagem do que estava a fazer acalmou-me. E enquanto descia pelas nuvens que cobriam Istambul a única coisa que ansiava era ver a primeira imagem desta bela cidade...

1 comment:

  1. Ola amigo! So hoje lemprei me de ir ver o teu blogue.... a vida por aqui nao para. apartir de hoje vou seguir com maior frequencia. ate meti ja na barra dos favoritos :) um grande abraço!

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