“Onde podemos
alugar bicicletas?” Uma simples pergunta com consequências
inesperadas. Depois do almoço tomado, era altura de procurar uma
bicicleta para explorar um pouco a região de Udomxai. A vila por si
só não tem um grande atrativo. Mas por perto existem cascatas e
grutas, e com tempo livre, apetecia expandir os nossos horizontes. No
dia anterior, do topo de um espaço em que se encontra uma stuppa e
um buda, podiamos contemplar um belo vale rodeado de montanhas
sudestemente lineadas, que despertaram a curiosidade.
Mas era
fim-de-semana e as lojas pareciam fechadas. A teimosia levou-nos a
procurar soluções alternativas, pelo que aquela pergunta queria
dizer mais “têm alguma bicicleta que possamos alugar?”. Motivo
pelo qual tinhamos interrompido a festa que decorria no pátio da
companhia de águas.
“No shop...
close”, “Sorry... sorry... no bicicle” responderam-nos quando
perceberam o que queriamos. E com isto viramos costas à procura de
outra solução. Mas, mesmo antes de cruzar o portão, alguém chama
por nós.
Com um sorriso
amistoso, convida-nos para comer e beber algo. E com isso abria as
portas da festa e, principalmente, as da simpatia e hospitalidade
deste país. Depois... bem, depois existiu dança e karaoke. Muita
cerveja. Risos, estórias trocadas e uma alegria genuína de nos ter
por perto.
A magia desta
partilha é impossível de passar por palavras. A cada Sabaidee Pi
Mai (Feliz ano novo) molhado, o sorriso aumentava. Ali não existiam
europeus e asiáticos. Apenas pessoas que partilhavam a felicidade de
estarem vivas e a aproveitar mais um dia das suas vidas. Um dia que
nunca me irei esquecer...
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