Procuro os
caminhos do meu ser. Tudo começou por uma visão superficial de mim
mesmo. Olha de fora para dentro e via as cicratizes que tinha. Algo
óbvio e superficial. Por elas entrei dentro de mim. Encontrei novas
dimensões e espaços.
Um mundo meu, mas
novo. Pela primeira vez olhava de dentro para fora. Reparava como
essas mesmo cicratizes eram diferentes e com ligações a outros
espaços. Vi as minhas próprias defesas e sentia-me um turista por
estas bandas. Os caminhos da alma são tão desconhecidos como os
outros. E tal como os caminhos da viagem, só caminhando os posso
descobrir. Teria de os percorrer. E assim fui, um pouco a medo, por
dentro de mim.
Começo a ver as
minhas mais profundas cicratizes. E quando pensava que já tinha
conquistado algo, percebo que não. Foi uma simples barreira. A minha
dificuldade em me expressar ainda persiste. Hoje ainda não consigo
abrir o meu coração com a amplitude que ele tem. Ainda existem
emoções que eu próprio desconheço. Sensações que ainda não
tenho coragem de as colocar em palavras.
Pelo caminho
percebo que existe tanto por caminhar. Mas não desisto. É
impossível. Os passos que se iniciaram há uns meses atrás não têm
retorno. Parar é algo que já não consigo fazer... Resta-me
aguardar e ver por onde irei agora...
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