Tuesday, January 3, 2012

História de uma foto: uma árvore



Pode ser apenas uma árvore, mas para mim foi mais que isso. Era alguém que me saudava de manhã. Que me dizia adeus antes de entrar para o hotel, e que de certa forma me acompanhou nesta aventura de 3 dias em Bengalore. Assim como acompanha quem passa nesta estrada (Mahatma Ghandi Road – uma larga e longa avenida pivot da vida em Bengalore) para ir para o seu trabalho. Que dia após dia, aguenta a sinfonia de buzinas que compõe qualquer estrada indiana. Companheira também dos que, um pouco mais à frente, param para beber um chá ou comer o pequeno almoço antes de pegar no rickshaw e procurar o seu sustento.

Gosto de árvores. Para mim sempre as imaginei como nossos guardiões. Trazem vida nos seus ramos, conforto nas suas sombras. São uma lembrança de que pertencemos à natureza e dela dependemos. Talvez por isso gostei tanto desta árvore. Não tanto pela beleza, mas pelo conforto que me deu naquela madrugada em que encontrei a cidade despida de pessoas. Tudo o resto era ainda elemento estranho a tentar entrar no meu mundo. Esta árvore, pelo contrário, já fazia parte do meu. E lá estava ela, a sorrir para mim, e a dizer: “Bem-vindo a Bengalore, meu caro estranho...”

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